Projetos sobre energias renováveis estão na pauta da Comissão de Infraestrutura

Grandes grupos chineses têm forte interesse no setor elétrico do Brasil e estão negociando atualmente a compra de 750 megawatts em usinas eólicas e 600 megawatts em projetos de geração solar, afirmou nesta quarta-feira um especialista que auxilia os interessados da Ásia a fazerem prospecções no país.

Equipamentos de geração de energia eólica em Fernando de Noronha: comissão analisa projetos para ampliar a participação de energias “limpas” no fornecimento de eletricidade no país

A Comissão de Infraestrutura (CI) deverá analisar nesta terça-feira (20) três projetos ligados à geração de energias alternativas. O PLS 302/2018 estabelece incentivos à produção de biogases, o PLS 712/2015 cria metas para a participação de energias renováveis na matriz energética nacional e o PLS 253/2016 torna obrigatória a instalação de equipamentos de energia renovável em residências e órgãos públicos.

O PLS 302/2018 é da autoria do ex-senador Hélio José e conta com parecer favorável do relator, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O projeto inclui geração de energia elétrica em aterros sanitários em linhas de financiamento do poder público. Além disso, permite que possam receber incentivos fiscais da União, do estado ou do município.

— É importante incentivarmos a geração de energia através dos resíduos sólidos. No Brasil, apenas 0,07% da nossa energia elétrica vem de aterros que geram biogases — explicou Bezerra em seu relatório.

O projeto também isenta a energia elétrica gerada a partir de resíduos sólidos em aterros sanitários de pagar tributos, como PIS/Pasep e Cofins. Sendo aprovado, seguirá para a Comissão de Meio Ambiente (CMA), onde terá caráter terminativo.

Fontes renováveis

O PLS 712/2015, do ex-senador Cristovam Buarque, tem o objetivo de incentivar a ampliação da produção de energia a partir de fontes renováveis como vento, sol, marés e biogases. A meta é atingir o percentual de 45% até 2030.

O relator, senador Lasier Martins (Podemos-RS), modificou o texto original, que estabelecia a meta de 60% de participação das fontes alternativas em 2014.

— Me pareceu inviável a meta de 60% para o ano de 2040 e decidi usar as metas do Plano Nacional de Energia, que visa chegar a 45% em 2030 — explicou o senador gaúcho.

O projeto já passou por outras comissões e sendo aprovado na CI e não havendo recursos da decisão ao Plenário do Senado, terá caráter terminativo, seguindo diretamente para a Câmara dos Deputados.

Imóveis sustentáveis

Por sua vez, o PLS 253/2016 estabelece que os imóveis construídos pelo programa Minha Casa Minha Vida sejam equipados com geração de energia renováveis. Em paralelo, imóveis construídos ou reformados pelos governos federal, estaduais e municipais também deverão incorporar equipamentos de energias renováveis.

O projeto é da autoria do senador Telmário Mota (Pros-RR) e tem relatório favorável apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Sendo aprovado pela comissão, também terá caráter terminativo e poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, caso não haja recurso.

Fonte: Agência Senado

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