Vivemos em um planeta com mais de 7 bilhões de habitantes, 1 bilhão de veículos automotores[1], e incontáveis indústrias, prédios, e demais empreendimentos. Absolutamente tudo que existe no mundo – seres vivos e construções humanas – nasce do meio ambiente, ou dele depende para sobreviver. Com o crescente aumento da população e da indústria global, cada vez mais há preocupação com o ambiente em que vivemos e o zelo pela natureza é mais fomentado e bem visto no mercado.
Não muito tempo atrás, no Brasil, a questão ambiental era bastante negligenciada, e, inclusive, quem já à época demonstrava sensibilidade com o assunto não era visto com bons olhos por parcela considerável da população. Hoje, apesar de inegavelmente ainda estarmos distantes de um cenário ideal, a proteção do meio ambiente ganhou muito mais força e importância.
Um empreendimento que possui as chamadas certificações ambientais (como Selo Verde, ISO 14000 e LEED), além de demonstrar preocupação com a questão ambiental, agrega valor à sua marca e, com isso, aumenta suas chances de prospectar investidores e/ou fechar boas parcerias, revertendo tais ações em lucro para o empreendedor.
Além das certificações, atualmente qualquer instituição (seja pública ou privada) que financia projetos passíveis de causar degradação ambiental (construção civil, loteamentos, por exemplo) simplesmente não pode ignorar o “item” sustentabilidade de seus possíveis financiados. Um empreendimento que não respeita a legislação ambiental pode, além de poluir, trazer graves prejuízos econômicos ao financiador. Um projeto não sustentável pode se tornar um mau pagador (não prosperará devido à questão ambiental) e, ainda, na ocorrência de um dano ambiental, pode motivar a responsabilização civil do ente financiador, que terá de arcar proporcionalmente com a indenização e reparação do meio ambiente.
Por fim, é importante expor que nada há de errado em analisar preservação do meio ambiente também sob o viés financeiro. Como se sabe, o mercado, apesar das intervenções estatais, naturalmente se regula sozinho. São as pessoas que ditam o que é ou não valorizado; discriminam o bom produto do mau produto. Hoje há linhas de crédito destinadas apenas aos chamados projetos verdes. Se empreendimentos sustentáveis estão sendo cada vez mais fomentados e valorizados no mercado é porque os indivíduos que o compõem (todos nós) estão consolidando essa consciência.
A equação formada por “empreendedor”, “mercado” e “sustentabilidade” apresenta um resultado em que todos saem ganhando: o meio ambiente que é preservado; o empreendedor que lucra; e todos os cidadãos, que desfrutam do desenvolvimento e convivem com um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
[1] Conforme reportagem do site “Notícias Automotivas” . Acesso em: 08/08/2017.
Postado em 08/08/2017
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